Não
me perguntem o por que (não saberia explicar), mas a
verdade é que Ipameri é uma usina de produção
de jornalistas. A pequena e brejeira cidade, que só tem
um jornal de circulação irregular, é mãe
de várias gerações de jornalistas da maior
competência.
Morgado,
Vânia Cistina, Juliana, Nélia e (sem falsa modéstia)
eu própria, somos exemplos dessa curiosidade. E, mais
curioso ainda: muitos de seus filhos (que não são
jornalistas de formação) o são por direito,
por competência e por vocação. Alguns
exemplos: Beth Costa, Lupércio Mundim e Marcos Quinam,
ipamerinos de verdade ou de coração que escrevem
com talento, correção e propriedade.
Parece
que o território contido entre o Corumbá e o
Veríssimo (ou entre o Corumbá e o rio do Braço)
instiga seus filhos a questionar, a ter sede de aprender e
vontade de repassar o que aprenderam. Três princípios
básicos do jornalismo.
Sou
orgulhosa da minha origem. Segui a profissão com a
garra e determinação de meus conterrâneos.
Inspirando-me no jeito simples, sincero e verdadeiro dessa
gente tão amável da qual o maior exemplo, para
mim, foi meu avô: Tico, ou Claudemiro Bernardino da
Costa.
Não
sabia que Ipameri tinha gerado tantos jornalistas. Afinal,
apesar de ser ipamerina e de ter passado todas as minhas férias
da infância na adorável cidade, sempre morei
fora. Só fui perceber esta curiosidade quando comecei
a exercer a profissão e fui me deparando com conterrâneos
na Veja, no Estado de São Paulo, no Globo, na Radiobrás.
Cada vez que descobria um(a) ipamerino(a), companheiro de
luta, me alegrava e me surpreendia: você também
é de lá?
Agora,
lanço um desafio aos colegas jornalistas nascidos em
Ipameri: não acham que nossa cidade merece que façamos
um jornal da melhor qualidade? Vamos nos unir e encarar esse
desafio? Eu topo.
Marizete
Mundim